A entrada de casa é o primeiro espaço que nos recebe ao chegar e o último que vemos ao sair. É um ponto de passagem constante, mas também pode (e deve) ser um local funcional, acolhedor e livre de stress. Foi exactamente com esse objectivo que fomos chamadas para ajudar um casal a organizar a entrada da sua casa. Este espaço tinha-se tornado caótico ao longo do tempo.
O desafio
À primeira vista, o móvel da entrada parecia prático: dois gavetões amplos, um para cada membro do casal, e um tampo generoso para pousar os objectos do dia-a-dia. Mas, com o tempo, este móvel transformou-se num depósito sem fim.
Moedas soltas, chaves de portas incertas, postais antigos, cartas por abrir, folhetos desactualizados, desenhos dos filhos, talões, elásticos, pilhas… A lista era longa e crescente. O que deveria ser um espaço de apoio rápido para entradas e saídas tinha-se tornado fonte de frustração e desorganização.
O processo
A primeira etapa foi esvaziar completamente o móvel. Só assim é possível perceber realmente o que está ali acumulado. De seguida, dividimos todos os objectos por categorias: papéis, chaves, recordações, dinheiro, objectos dos filhos, entre tantas outras.
Com tudo à vista, analisámos cada categoria com o casal. Esta é uma etapa essencial do nosso trabalho: não tomamos decisões sozinhas, mas guiamos os clientes com perguntas práticas as quais ajudam a decidir o destino de cada item.
O que é útil? O que tem valor sentimental? O que está fora do lugar? O que já não serve?
Depois deste momento de análise e tomada de decisões, muitos papéis e objectos irrelevantes acabaram no lixo ou reciclados, vários itens foram devolvidos ao seu local apropriado noutras divisões da casa e as gavetas foram organizadas com critério, funcionalidade e leveza.
O resultado
Hoje, este móvel cumpre finalmente o seu propósito: apoiar as rotinas diárias com simplicidade. Cada gaveta tem caixas com uma função clara, já não se colocam objectos à solta. O tampo está livre para aquilo que realmente precisa de estar à mão. A família deixou de perder tempo – e paciência – à procura das chaves ou daquele documento importante antes de sair de casa.
Mais do que estética, o que esta transformação trouxe foi tranquilidade. Entrar e sair de casa já não é um momento de stress, mas um gesto leve e intuitivo.

A entrada da nossa casa deve ser um refúgio, um espaço que nos acolhe com serenidade. Foi exactamente isso que esta família conquistou.